11.8.15

FANFIC: POR UM NOVO MUNDO - CAPÍTULO II: O HOMEM CAVALHEIRO


Autor (a): PaulaHalle
Beta: Variadas
Shipper: Edward & Bella
Gênero: Romance/ Ficção cientifica/ Hentai
Classificação: +18

Sinopse: Oh mundo acabou? Bem está perto disso. A humanidade está morrendo, pouco a pouco, está murchando sem vida e esperança. A jovem Bella com seus poucos anos já viu mais do que queria, sobrevivendo como dá, lutando cada dia por seu lugar no mundo, até a chegada de um estranho que vai mudar tudo. Será que ele trará a esperança que Bella precisa? Esperança que o mundo precisa?

Notas Historias:
Obs. Os personagens pertencem à tia Steph, mas se fossem meus, há as possibilidades...
Obs. Fic 100% Beward.
Obs. Pov. Bella.
Obs. Alienígenas existem? Bem no nosso universo eu não sei, mas no meu sim, então conheçam meu Alienward.

Capítulo II
O Homem Cavalheiro

Com minha mochila cheia caminhei para fora e ofeguei ao ver Edward saindo da tenda sem camisa.

Olá, olá perfeição da natureza.

Edward parou ao me ver dando um bonito sorriso, minhas pernas fraquejaram, como alguém podia ter um sorriso tão bonito? Seus dentes ainda eram um pouco pontudos, mas não me incomodaram mais. E com um corpo daquele. Seu peito e ombros largos, barriga de tanquinho, o homem malhava, ou fazia algum exercício, tinha que fazer pra manter aquele físico.

O homem era uma visão, infelizmente ele ainda mantinha os óculos que escondiam seus olhos, o que me deixava cada vez mais curiosa pra ver, ele se virou de costas e limpei a boca para ver se não babava, lógico que uma nova poça de baba se formou, ao ver suas costas sexy, ele começou a colocar uma camisa e notei marcas em suas costas e braços, mas antes que focasse direito estavam cobertas.

Ele se voltou para mim, já colocando seu casaco.

– Achei que tinha fugido. – rolei os olhos.

– Como se eu pudesse ir muito longe. – ele sorriu enquanto fechava seu casaco.

– Você achou algo útil? – apontou para minha mochila e a olhei como um idiota. Algo útil? Ah algo útil. Tipo o seu corpão? Ele riu e senti minhas bochechas esquentando e olhei para baixo.

Ah a mochila, a comida, esse algo útil.

– Er sim, alguns enlatados e mais barras de cereais, e mais umas coisas. – ele sorriu novamente.

– Você parece bem, posso dar uma olhada. – engoli em seco, ele queria... ele esfregou a nuca. – Se não quiser...

– Está tudo bem. Pode... er olhar. – ele assentiu se aproximando e larguei a mochila, abaixei um pouco o meu shorts, evitei o máximo mostrar minha bunda, fechei os olhos e esperei.

Somente o senti próximo de mim, suas mãos lentamente tocando minha pele. Pulei um pouco com a sensação da sua pele na minha, mas não me afastei quando ele começou a afastar o curativo e tocando em volta do corte.

– Não se mova. – ele ordenou, e abri os olhos, ele se afastou indo até sua mochila e pegando um pote pequeno, voltou e se ajoelhou ao meu lado, abriu o pote e um cheiro forte de lavanda encheu o ar.

Ele retirou um pouco do creme branco e passou no corte, estremeci, mas em seguida foi como se colocasse água, era fresco e me fez sentir extremamente bem. Edward trocou rapidamente os curativos, e sorriu pra mim.

– Pronto. – me apressei em ajeitar as calças.

– Obrigada. – ele assentiu, olhei enquanto ele guardava a pomada. – Sabe achei que o machucado tinha sido pior. – na verdade parecia que eu só tinha me cortado.

– Você teve alguns arranhões, e um corte mais feio no quadril, mas a pomada que passei é muito boa, e você dormiu um bocado.

– Hmmm, e que pomada é essa? Receita de família? – ele deu de ombros.

– Pode se dizer que sim. – queria fazer mais perguntas, ele estava sendo muito vago, mas ele já começou a falar, antes que eu continuasse.

– Quer começar a achar seu grupo hoje?

– Claro, se não tiver problema nenhum.

– Não tem. Seu corte já está bem melhor, teremos que passar a pomada masi algumas vezes, mas vai melhorar logo, se formos devagar, não terá problema. – ele começou a guardar as coisas, e quis ajudar, mas fui obrigada a sentar.

– Não se canse Bella.

– Não estou cansada. – resmunguei e fui ignorada.

– Sim, mas deve descansar o máximo que puder. Teremos um longo caminho pela frente. Não sei o quanto seus amigos se afastaram.

– Ok, ok. Vou ficar sentadinha. – ele sorriu e voltou a arrumar as coisas. Me deu um pouco de água e mais barras de cereais para comer.

Se ele queria fazer tudo sozinho, quem sou eu pra reclamar? Aliás era bom pra variar ficar sentada enquanto um homem trabalhava. Desde que o mundo estava esse caos, era cada um por si. Ninguém fazia nada para ninguém, acho que nem mesmo pelas crianças. Sim o mundo estava uma merda. Era bom ter alguém cuidando de você, mesmo que fosse um pouquinho.

– Vamos? – olhei para Edward que já estava com sua imensa mochila nas costas e sorrindo pra mim.

Ele tinha que sorrir tanto? Tipo se ele fosse meio desdentado, tudo bem, mas não ele tinha um lindo sorriso. Que fazia coisas estranhas em mim.

– Sim. – respondi me levantando e o vi tirar uma coisa do bolso do seu casaco, era quadrado, como um celular moderno, algo que se via raramente hoje em dia.

Não que se tivessem um ele funcionaria, já que os cabos de telefone e antenas que emitiam sinais a muito foram destruídas. Ainda sim era interessante, me aproximei dele como quem não quer nada e tentei olhar o que ele tinha. O ouvi rir e percebi que eu estava sendo muito óbvia.

Senti meu rosto esquentando e olhei pro outro lado, notei sua mão se aproximando de mim, e ele segurava seu celular para mim ver.

– É um rastreador.

– Rastreador. – peguei o celular... rastreador o olhando com curiosidade para a imagem na tela, era como um mapa, e havia um pontinho vermelho piscando, toquei no ponto e a imagem se aproximou e parecia um lugar. Na verdade parecia um deserto.

Como isso podia funcionar. E pra onde levava?

– Pra onde vai?

– É um lugar especial.

– Que lugar?

– Um lugar onde eu preciso ir. – bufei e entreguei o rastreador de volta.

– Ok Sr. Misterioso. – ele riu e guardou de volta em seu bolso.

– O caçador estava indo para o leste quando o parei, então acredito que seu grupo estava ao contrario? – enquanto falava notei que ele carregava um bastão, era bem grande passando um pouco da sua própria altura, ele o colocou nas costas entre seu corpo e a mochila.

– Sim, estávamos acampados dentro de uma escola. – murmurei ainda olhando o bastão.

– Eu sei onde é, passei por lá antes de ontem.

– Sério? Ninguém falou nada sobre um homem sozinho.

– Eu sei me esconder.

– Oh... certo. – eu gostaria de perguntar por que, mas não queria chateá-lo. – Vamos então?

– Sim. – ele pegou minha mochila e começou a andar, franzi as sobrancelhas o seguindo.

– Edward é minha eu a levo.

– Você não deve levar peso Bella.

– Mas você está carregando mais do que pode aguentar.

– Não seja absurda eu aguento muito mais que isso.

– Ok, Sr. Músculos. – ele riu, mas não me devolveu minha mochila.

Vendo que não teria jeito somente o segui, andamos em silêncio por algum tempo, mas o silêncio estava começando a me irritar. Comecei a olhá-lo atentamente e seus óculos estavam começando a me irritar também. Eu devia estar na TPM, tudo irritava.

– Então você nunca tira esses óculos? – falei antes que pudesse me parar e ele tocou seus óculos parando de andar e o imitei.

– O – o que?

– Merda! Desculpe Edward... eu... eu só estava curiosa. – ele assentiu.

– Eu tenho uma cicatriz... – sussurrou e gemi.

– Oh eu sinto muito Edward, eu não devia ter perguntado...

– Está tudo bem. – me cortou e fechei a boca.

Ele voltou a andar ate um pouco mais rápido que antes, e o segui me amaldiçoando pela minha boca grande. Andamos por mais de uma hora em silêncio, e já estava ficando doida. Quando andava com Jonny ele nunca calava a boca. E embora as vezes me irritava eu sentia falta da falação.

Alcancei Edward ficando ao seu lado e bati meu quadril contra seu corpo e ele me olhou hesitante, sorri.

– Hey desculpa por mais cedo.

– Está tudo bem.

– Não, foi grosseria minha perguntar. É só... você é todo misterioso. – ele acabou sorrindo.

– Perdoe-me também Bella, eu fiquei tanto tempo sozinho que acho que esqueci como é falar com outra pessoa.

– Tudo bem. Agora que estamos bem, podemos conversar? – ele pareceu um pouco receoso.

– Sobre o que?

– Sei lá. Qualquer coisa. Me fale de você.

– De mim?

– É, tipo por que anda sozinho? Cadê sua família? Você não se sente solitário? Você já teve uma namorada? – tampei minha boca nessa ultima e ele riu.

– Nossa, são muitas perguntas.

– Desculpa, eu falo demais as vezes.

– Está tudo bem, Bella. Minha família já morreu, e eu não tenho namorada. – corei, e pigarreei tentando mudar de assunto, mas era bom saber que ele não tem namorada, não que eu me importasse com isso. Por que eu não me importava. Nem um pouco. Mas era bom que ele não tinha.

– E por que está sozinho, nunca pensou em se juntar há algum grupo?

– Eu só... eu prefiro ficar só, eu não sou bom para as pessoas a minha volta.

– Como assim?

– Nada.

– Ok. Mas não se sente solitário?

– Não, eu já me acostumei. A solidão é boa as vezes.

– Eu iria enlouquecer se ficasse sozinha. – ele riu.

– Talvez, mas com o tempo, você percebe que não existe melhor companhia que a sua.

– Não sei não, eu sou meio chata, e se eu não gostar de mim mesma? – Edward riu mais agora.

– Você é muito...

– Muito...? – o incentivei a continuar, e esperando que ele fizesse um elogio.

– Absurda.

– Absurda? Que tipo de elogio é esse?

– Eu tinha que fazer um elogio? – minhas bochechas coraram.

– Bem, não, mas eu esperei que fizesse um. – ele sorriu.

– Você é muito absurda, mas é muito bonita, e divertida também.

– Oh, você não precisava dizer isso, mas obrigada.

– Estou sendo sincero. – sorri abertamente.

– Você é muito doce. – ele franziu as sobrancelhas, e peguei sua mão entrelaçando nossos dedos, ele olhou para nossas mãos unidas, e sorriu apertando minha mão, eu sei era meio estranho, mas eu estava acostumada a andar de mãos dadas com Jonny, e Edward não parecia incomodado com a minha mão na dele, então quem se importa? Ninguém me ouviria reclamando sobre.

– Obrigada.

Ficamos em silêncio novamente, mas dessa vez, havia um clima entre nós que era muito bom, acabei me apoiando em Edward e o vi sorrindo de canto, era um pequeno sorriso torto, mas muito bonito.

– Me fale mais de você Edward.

– O que quer saber?

– Hmmm, cor favorita? – ele riu.

– Se eu disse a minha terá que me dizer a sua. – sorri.

– Ok.

– Eu gosto de verde.

– Verde?

– Sim, a grama era verde, as árvores, nada era mais bonito do que a grama e as arvores da Terra. – estranho ele dizer da Terra, mas eu tinha que concordar.

– Isso é, eu gosto de azul.

– Por que azul?

– Tem que ter um motivo?

– Não, mas eu gostaria de ouvir se tivesse um.

– Tudo bem, tem um motivo. O azul era como o céu era, como ele era quando tinha nuvens. Eu sempre amei o céu.

– O céu era realmente lindo.

– Você se lembra do céu?

– Eu me lembro de tudo.

– Quantos anos você tinha quando tudo aconteceu?

– Uns 20 talvez. – franzi o cenho, Edward parecia jovem, na verdade ele não parecia ter mais de 26, mas se ele tinha 20 ele devia ter uns 30 talvez mais.

– E você quantos anos tinha? – pisquei por um momento, e suspirei.

– Cinco anos.

– E os seus pais? – afastei a mão da dele, me abraçando um pouco, era sempre difícil falar sobre meus pais.

– Mamãe morreu em um dos ataques. Logo no começo, papai e eu ficamos juntos, mas ele morreu também. – ele parou de andar, e o imitei, ele tocou meu rosto docemente, meus olhos se arregalaram quando ele inclinou seu rosto em direção ao meu, sua testa colada na minha.

– Eu sinto muito. – ele sussurrou baixinho, e sorri, erguendo minha mão e tocando a sua que estava sobre minha bochecha.

– Obrigada. – ele assentiu se afastando e voltamos a andar. E dessa vez ele pegou a minha mão.

Eu esperava que ficasse um clima estranho depois disso, mas parecia que só foi mais fácil falar com ele. Então eu falei, sério estava pior que o Jonny.

Falei sobre Jonny e Jake, e os poucos amigos que fiz. Evitei falar sobre meus pais, e ele não perguntou também, o que fiquei muito grata. A última coisa que queria era falar sobre meus pais.

Edward falou um pouco sobre ele, sobre o que ele fazia antes do mundo acabar, ao que parece ele e seu pai eram cientistas. Ambos queriam ajudar a recomeçar o mundo.

Depois de algum tempo Edward parou de andar olhando em volta, o imitei e notei que já escurecia, andamos por quase todo o dia e senti minha barriga roncando, corei com o barulho e notei Edward me olhando, e se possível corei mais ainda.

– Vamos parar pela noite?

– Parar?

– Sim, acampamos e comermos um pouco.

– Sim, eu poderia comer. – ele sorriu e me puxou em direção a uma construção em pedaços, talvez fosse uma loja de conveniência ou talvez um posto de gasolina, mas estava muito destruído para poder entender o que era.

Ah as maravilhas que encontramos no nosso novo mundo.

Edward rapidamente retirou sua mochila e começou a montar a barraca, o observei sem saber se devia ajudar ou não, mas ele era muito rápido e ágil, em questão de minutos tudo estava terminado. Ele sorriu para mim retirando algo da sua mochila e me entregou, sorri ao ver a lata de sopa.

– Eu vou começar uma fogueira para que possa esquentá-la.

– Ok. – sussurrei.

Ele sorriu e começou a trabalhar, eu tinha que admitir que ele era muito bom em se virar sozinho. E também era bom ter alguém cuidando de mim. Desde que meu pai era vivo ninguém cuidava de mim. Nós nos ajudávamos claro, mas no fundo era cada um por si.

Depois de um rápido jantar, e uma muito necessária ida atrás da construção em pedaços para fazer xixi, estava deitada sobre um cobertor que Edward me arranjou, e fiquei olhando o céu. As vezes muito raramente você conseguia ver uma estrela, mas era tão raro, que eu nem as procurava mais, só gostava de olhar para o céu e pensar no que já foi e nunca mais seria.

– Você está com sono? – a voz suave de Edward me chamou e sorri me virando para ele.

– Um pouco.

– Então vá dormir. – comecei a me levantar concordando, mas parei ao notar que não sabia onde ele dormiria.

– E você?

– Não se preocupe comigo. – estreitei os olhos.

– Claro que me preocupo. Você se preocupa comigo. Onde vai dormir? – perguntei novamente e ele deu de ombros.

– Aqui fora.

– Eu tirei sua cama? – me senti mal e ele riu.

– Eu sempre durmo fora Bella. – estreitei os olhos para ele.

– Mentira! Eu realmente tirei sua cama. – ele suspirou.

– Não é grande coisa Bella... – não o deixei terminar, me levantei e fui até ele esticando a mão, ele me olhou por um momento em seguida pegou minha mão e me seguiu quando o levei para a barraca.

Soltei sua mão para entrar e me deitei dando espaço ele, Edward hesitou na entrada, sorri para ele.

– Venha. – ele assentiu e retirou seu casaco e entrou se deitando ao meu lado.

Ficamos parados nos olhando em silêncio por algum tempo, encarei seus grandes óculos escuros vendo o reflexo de mim mesma, eu realmente queria ver seus olhos, olhar para seu rosto e tentar enxergar como ele é, como são seus olhos. Talvez pegar um vislumbre da sua alma, já que era quase impossível ele me mostrar algo por conta própria, quem sabe seus olhos não me dariam as respostas que eu procurava.

– Sabe você pode tirar os óculos, eu não me incomodo com suas cicatrizes, todos têm hoje em dia. – ele ficou tenso ao meu lado, reto como uma tabua, seus pés saindo para fora da barraca.

– Eu estou bem assim. – sussurrou por fim, e me amaldiçoei por fazê-lo se sentir desconfortável.

– Me desculpe.

– Tudo bem.

– Não, eu não tenho o direito de ficar te pressionando, quando você quiser me mostrar eu vou esperar. – ele sorriu aquele pequeno sorriso torto de novo e assentiu.

– Ok. – voltamos a ficar em silêncio, silêncio esse que se estendeu por longos minutos.

Edward mal se movia, e parecia nem respirar, como não podia ver os olhos dele não sabia se ele estava dormindo ou acordado, ergui a mão lentamente em sua direção, mas parei no meio do caminho.

– Edward está acordado?

– Estou. – ela sorriu e gemi abaixando minha mão rapidamente, seu sorriso ficou maior com certeza vendo o meu rosto pegando fogo.

– Por que não disse nada?

– Queria ver o que iria fazer. – deu de ombros e grunhi tampando meu rosto com as mãos, ele riu baixo e suas mãos seguraram as minhas as afastado do meu rosto.

Ele me encarou por um longo tempo ainda segurando minhas mãos, e as puxou me levando junto para mais próximo a ele, engasguei quando meu corpo chocou contra o seu. Ainda sorrindo ele libertou minhas mãos e colocou um braço em volta da minha cintura e apoiou seu queixo em minha cabeça.

– Durma Bella. – suspirei sentindo o cheiro da sua pele e o calor do seu corpo. Ele cheirava bem, como a chuva, ou antes, dela vir, quando sobe aquele cheiro de terra molhada, eu sempre gostei desse cheiro, era reconfortante e muito convidativo.

Seu calor me rodeou e suspirei me aconchegando a ele, meus seios pressionados contra seu peito firme, engoli em seco, de repente muito consciente da nossa proximidade e das reações que ele causava em meu corpo, nada que eu senti antes, mas era muito poderoso.

Tentei afastar essas sensações, Edward não parecia sentir nada assim por mim e não queria me impor a ele. Aconcheguei-me melhor contra ele fechando os olhos, amanhã teríamos uma boa caminhada e precisávamos estar descansados.

– Boa noite Edward. – sussurrei contra seu peito, respirando profundamente seu cheiro e senti sua boca contra o topo da minha cabeça no que pareceu um beijo.

– Boa noite Bella.



[...]




Ri dando um empurrão em Edward, ele sorriu abertamente.

– Não minta eu sei que escondeu alguns.

– Bem sim. Mas não sabe como é difícil achar essas barrinhas. – ele riu, ele estava me provocando incansavelmente desde que confessei que amava as barrinhas que ele me deu e da vez que escondi uma entre meus peitos, para não dividir com os caras.

– Eu tenho muitas, te darei todas. – sorriu e ri me aproximando e segurando seu braço livre rindo.

– Você é doce, mas são suas.

– Exatamente, minhas para fazer o que quiser com elas. – estreitei os olhos e ele somente riu.

– Bella? – alguém gritou e parei abruptamente quando reconheci a voz de Jonny, estava tão distraída que nem notei que chegamos.

Havíamos andado o dia todo parando somente para comer, conversando a maior parte do tempo sobre tudo e nada importante, nenhum de nós falou sobre a noite na barraca e o nosso "abraço". Era como se nunca tivesse acontecido, e eu até pensaria assim, pois ao acordar de manhã estava sozinha na barraca, mas eu sabia que foi real, pois seu cheiro ainda estava em mim, assim como seu casaco estava sobre mim.

– Bella é você! – Jonny gritou novamente.

Olhei para Edward que sorriu tristemente e me virei para onde Jonny chamou acenando alegremente e gritando pelos outros, acenei e ele correu em minha direção, me voltei para Edward que se afastou de mim e entrei em pânico.

– Edward?

– Eu devo ir.

– Mas...

– Eu não pertenço aqui. – sussurrou e neguei em pânico.

– Por favor, fique por uns dias.

– Bella... – ele começou e agarrei sua mão.

– Por favor, Edward, fique... fique comigo?

Post: Robcecadas

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