25.5.17

Compilação de reviews do desempenho do Robert em Good Time


Surpresa generalizada, o thriller criminal dos irmãos nova-iorquinos Josh e Bennie Safdie foi um sopro de frescor narrativo na competição pela Palma de Ouro de 2017, causando vertigem com a jornada sem lei de um ladrão de quinta categoria para salvar seu irmão - que tem deficiência intelectual - do xilindró. Nunca se viu nada tão visceral do galã Robert Pattinson quanto seu desempenho como o larápio Connie, cujo amor pelo mano Nick (vivido por um dos diretores, Benny) faz com que ele passe por cima de tudo - até do próprio egoísmo. Se havia um favoritismo absoluto em Cannes em torno da vitória de Louis Garrel, na categoria Melhor Ator por seu desempenho no papel do diretor Jean-Luc Godard, em Le Redoutable -, essa certeza caiu por terra com o empenho do eterno Edward Cullen de A Saga Crepúsculo em deixar seu passado de vampiro para trás.


Em Good Time, Cannes viveu 1h40 de tensão na veia, numa montagem ultra ligeira, de fotografia estroboscópica (um efeito de luz piscante), no encalço de Connie para driblar a polícia e arrumar US$ 10 mil para salvar seu irmão, gravemente ferido da cadeia. E com o desejo de Pattinson de se reinventar, eles fazem de Connie uma figura instável, mas de uma inteligência arguta para se salvar da Justiça.

Robert Pattinson tem feito escolhas interessantes nos últimos anos, trabalhando duas vezes com David Cronenberg, uma com Werner Herzog e outra com James Gray. Mesmo assim, suas limitações como ator em geral ficam evidentes. Também não ajuda, claro, o fato de ele ter ficado marcado como o vampiro Edward da saga Crepúsculo. Mas prepare-se: Robert Pattinson é bom, sim. A prova está em Good Time, terceiro longa-metragem dos irmãos Josh e Benny Safdie, que deu uma sacudida na competição do 70º Festival de Cannes.

Em Good Time, os diretores claramente foram influenciados pelos dramas e thrillers urbanos feitos nos anos 1970 por diretores como Martin Scorsese, William Friedkin e Sidney Lumet, imprimindo a energia e a textura das ruas de Nova York no filme, embalado por uma música potente de Oneohtrix Point Never. Na reta final da competição do 70º Festival de Cannes, Good Time é uma injeção de vigor numa disputa morna, com poucos destaques.

O Globo

A programação do 70º Festival de Cannes ganhou uma injeção de adrenalina na manhã desta quinta-feira com a exibição de “Good time”, longa-metragem que marca a estreia da dupla Joshua e Ben Safdie na competição da mostra francesa. Um título bem irônico para o thriller dos irmãos americanos, que acompanha a frenética e violenta odisseia de um jovem vigarista para resgatar da cadeia o irmão com problemas mentais, e que desde o início parece estar fadada ao fracasso. Hipnotizada pela ação e pela música pulsante, a plateia de jornalistas permaneceu grudada em suas poltronas. O filme é protagonizado pelo galã Robert Pattinson, o vampiro Edward da saga infanto-juvenil Crepúsculo, que aqui encarna Connie Nikas, jovem trapaceiro com grande lábia e capacidade para improviso em momentos de pressão. Quando o roubo a uma agência bancária de Nova York termina mandando o irmão e cúmplice Nick (Ben Safdie) para a cadeia, e depois para o hospital, Connie inicia uma desesperada corrida contra o relógio para pagar sua fiança, atirando-o numa espiral de brutalidades.

Folha de São Paulo

Ex-galã teen, o inglês Robert Pattinson, quem diria, se credenciou como um dos favoritos a levar o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes por sua atuação em "Good Time", thriller dos irmãos Ben e Joshua Safdie exibido nesta quinta (25).

Em "Good Time", Pattinson interpreta Connie Nikas, ladrão medíocre que tem um irmão com deficiência mental, Nik. Numa malfadada tentativa de assaltar um banco, Nik é detido, e Connie precisará levantar dinheiro para liberá-lo, missão que vai se provar infernal. Pattinson compõe um criminoso que consegue lograr empatia com o público, equilibrando-se entre o sujeito interesseiro, que explora a namorada (Jennifer Jason Leigh), e o afetivo, que toma conta do irmão. A performance de Pattinson ameaça o trono de Louis Garrel, que até então era tido como o favorito a levar o prêmio de atuação masculina por seu retrato neurótico de Jean-Luc Godard na cinebiografia "Redoutable".

Pipoca Moderna

O Festival de Cannes entrou em choque com a exibição de “Good Time”, dos irmãos Ben e Joshua Safdie (“Amor, Drogas e Nova York”), os mais jovens diretores da competição. Não apenas pelo ritmo frenético – hipnótico! – do thriller, mas porque Robert Pattinson (“Mapas para as Estrelas”) finalmente comprovou o que os fãs sempre disseram: ele é um grande ator. O talento demonstrado em cena é inegável. Mas “Good Time” também aponta que ele poderia encabeçar blockbusters, tamanha energia que transmite em cena.

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